Como Palmeiras pretende superar meta da geração de R$ 1 bilhão
Vendas de Endrick, Estêvão e Luis Guilherme deixam clube próximo da meta da base, que projeta mais cinco nomes para superá-la: Vitor Reis, Benedetti, Luighi, Fellipe Jack e Thalys
Era junho de 2022 quando João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras, prometeu: se não fizessem R$ 1 bilhão com os canhotos da geração sub-17, poderiam ser demitidos por incompetência.
Dois anos depois, bastaram as negociações de Endrick, Estêvão e Luis Guilherme para deixar o clube próximo de atingir esse valor.
Seria uma geração que vale mais de R$ 1 bilhão, então?
– Se você botar Vitor Reis, que já vai estar numa casa de 30 milhões em diante, Thalys, Benedetti, que daqui a um tempo pode estar no profissional, Luighi, que já jogou, o que a gente pode estar vendendo e está bem na Itália (Fellipe Jack)… – enumera João Paulo Sampaio.
– É uma geração que pode passar de R$ 1 bilhão. Vamos ver se o euro continua forte – admite o coordenador, satisfeito.
Na época da projeção, o quinteto melhor avaliado pelo clube contava com o zagueiro Fellipe Jack, os meio-campistas Thalys e Luis Guilherme e os atacantes Estevão e Endrick.
Dos cinco, os três últimos foram negociados, com West Ham, Chelsea e Real Madrid, respectivamente.
As três operações, contando com valores fixos e bônus, somam 163,5 milhões de euros - dos 200 milhões de euros projetados pelo dirigente em 2022.
Na conversão atual, equivale a R$ 993 milhões.
Foto: Cesar Greco
Endrick (Real Madrid, Espanha): 72 milhões de euros (60 milhões de euros + impostos);
Estêvão: operação pode chegar a 61,5 milhões de euros, incluindo metas;
Luis Guilherme ao West Ham: 30 milhões de euros.
“É uma verdadeira revolução o que o Palmeiras faz no seu departamento de base”. afirma Rizek.
Agora, a lista conta com os dois remanescentes, Fellipe Jack e Thalys, e mais três novos nomes: Vitor Reis, Benedetti e Luighi.
O zagueiro Vitor Reis é quem está em situação mais avançada, sendo parte do elenco de Abel Ferreira e com chances como titular.
Ele tem recebido sondagens frequentes, mas ainda sem propostas formalizadas.
O Real Madrid, que esteve entre os clubes publicamente citados, não é um dos que procuraram o Verdão.
Zagueiro Vitor Reis é mais uma promessa formada no Palmeiras Mais recentemente, Thalys e Benedetti também foram promovidos ao elenco principal.
O primeiro se destacou como artilheiro do Brasileiro Sub-20, com 15 gols, e tem recebido sondagens do futebol europeu e saudita, ainda sem avanço.
Luighi está integrado ao elenco principal, mas fez menos partidas - com três jogos e um gol marcado - e ainda disputa competições pela categoria sub-20, como aconteceu no Brasileirão e agora na Copa do Brasil.
O atacante, porém, é visto como destaque nos bastidores da direção.
Aos 42 min do 2º tempo - gol de cabeça de Luighi do Palmeiras contra o Flamengo
Fellipe Jack, portanto, zagueiro que está emprestado ao Como, da Itália, é o que parece mais próximo de uma negociação no momento.
Ele se transferiu em fevereiro com contrato até o meio do ano, renovou por uma temporada e tem uma opção de compra fixada de 2 milhões de euros (R$ 10,6 milhões) por 60% dos direitos.
Fellipe Jack, do Palmeiras, no Como 1907 — Foto: Como 1907 / Divulgação
Quebrar a meta do R$ 1 bilhão é algo visto como factível pelo Palmeiras.
Manter o ritmo em novas gerações, porém, não é uma regra.
– Vai ter gerações mais novas como essa, que o profissional vai aproveitar, mas vai ter as normais.
Não dá para ter extra série todo ano – explica João Paulo Sampaio, em referência a nomes como Endrick e Estêvão.
– A gente está falando de dois jogadores que os últimos que foram mais novos a estrear na seleção brasileira foram em 1960, 1970.
Olha o que Endrick e Estevão estão fazendo.
Não é toda hora que dá para chegar desses.
Fonte;ge.globo
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