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Análise: Fluminense dá adeus ao Maraca nos braços da torcida e sonha com 2023 melhor


Clube faz último jogo em casa da temporada e vence o Goiás por 3 a 0


Fred em dia de torcedor... Atuação consistente... Cano aumentando os feitos do ano... Primeiro gol de Alan no retorno ao Brasil... Festa da torcida nas arquibancadas... A despedida do Fluminense do Maracanã na temporada foi marcada por uma vitória por 3 a 0 em cima do Goiás, na última quarta-feira, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas, sobretudo, por uma noite de esperança.


Esperança por um time que viveu a melhor campanha desde o título brasileiro de 2012. Que voltou a conquistar o Carioca ali, meses antes, em cima do maior rival. Que voltou a encher o estádio, a ser competitivo nas principais competições nacionais e que encerra o ano cheios de sonhos.

Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Sonhos alimentados pela união entre e o campo e a arquibancada. Com a proximidade com um ídolo, que foi ao jogo de metrô, no meio dos tricolores, e foi mais um louco da cabeça no Setor Sul, para matar a saudade de casa.


Com uma nova idolatria em potencial que surgiu falando portunhol e quebrando recordes. Com uma equipe que apresenta uma base sólida e se mostra comprometida com as ideias de um treinador que se recusa a pensar dentro da caixinha.

Contra o Goiás, o Fluminense controlou as ações, teve a posse de bola e foi muito superior ao longo dos 90 minutos.


Para um jogo que podia ser visto como mera formalidade, dada a vaga garantida na Libertadores com antecipação, a equipe honrou a camisa e se mostrou com fome de seguir brigando por uma melhor colocação.


Cano chegou a 43 gols no ano após passe de Matheus Martins no segundo tempo. Alan desencantou depois de receber de Michel Araújo na área. O uruguaio ainda marcou o terceiro após cruzamento de Matheus Martins, que entrou muito bem na partida.


Com um desempenho empolgante, com jogadores que saíram do banco sendo importantes e Alexsander pedindo passagem para ser a mais nova grande revelação de Xerém, o Fluminense encerrou o ano em casa sem sofrer sustos.


Como Fernando Diniz reconheceu na coletiva após o jogo, o sentimento no adeus é de que faltou um título de grande expressão para coroar um ano de retomada. Um título que coroaria também o grande futebol apresentado em vários momentos.

"Tem uma frustração por não ter ganho, mas ao mesmo tempo uma alegria muito grande pelo orçamento do Fluminense, as dificuldades que a gente tem de competir com equipes mais bem estruturadas financeiramente e também fisicamente, acho que fizemos uma temporada digna de muitos elogios. Jogadores se empenharam muito, tivemos uma conexão instantânea".


Se em 2022 o torcedor viu o time se engradecer mesmo com a disparidade financeira para os rivais, em 2023, mesmo ciente que o cenário pode ser ainda mais agravante, o tricolor que só deixou o Maracanã no apagar das luzes após empurrar o time também foi para casa contagiado.


Não por criar expectativas de antemão. Mas por se permitir acreditar que de alguma forma que só ele sente, na sua mais íntima loucura da cabeça, que é possível sonhar e também viver o sonho.


"Para o Fluminense é mais difícil (ganhar), mas tem jeito. Eu sempre acredito que tem jeito. Tem que trabalhar muito, dependemos muito mais de trabalhar no nosso limite, declarou Diniz.


Após a vitória, os jogadores do Fluminense ganharam folga nesta quinta-feira. Com os três pontos, o time chegou a 67, manteve a terceira colocação e segue na briga pelo segundo lugar. Para isto, precisará vencer o Bragantino no domingo, às 16h, no Nabi Abi Chedid, e torcer para o Inter perder para o Palmeiras no Beira-Rio no mesmo dia e horário.



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