Campeã olímpica conquista título que lhe faltava e puxa dobradinha brasileira em Copacabana
Campeã olímpica e mundial, Ana Marcela Cunha somou uma nova conquista ao seu vasto currículo. Neste domingo, a brasileira de 31 anos foi campeã pela primeira vez do Rainha do Mar, prova de águas abertas que faz parte do "Verão Espetacular" e aconteceu no Rio de Janeiro. A nadadora puxou a dobradinha do Brasil com Viviane Jungblut - as duas vão representar o país na maratona aquática das Olimpíadas de Paris, em julho.
— Há muitos anos não trazíamos o título de Rainha para o Brasil. Estou muito feliz de começar o ano agora com uma chave de ouro depois de ter sido bronze no Mundial (nos 5km) e de ter me classificado para as Olimpíadas (nos 10km). Estou muito feliz de conquistar esse título que faltava. Agora são seis meses até as Olimpíadas. Foco total - disse Ana, que já foi campeã em Copacabana quando o evento era de revezamento, coroando reis e rainhas do mar.
— Foto: Marina Renard
Ana Marcela Cunha comemora título de Rainha do Mar para o Brasil: "Começar o ano com chave de ouro"
As areias de Copacabana ficaram lotadas na manhã de domingo (25) para ver as atletas olímpicas em uma disputa animada nas águas cariocas. O Rainha do Mar começo cedo, com provas amadoras, mas a sensação do evento foi a prova de elite com oito atletas convidadas e duas nadadoras que se classificaram através da prova sprint amadora, uma delas com apenas 13 anos.
A torcida foi um dos pontos fortes da disputa. Não teve quem não destacou a emoção e a animação que a torcida brasileira trouxe para o evento.
— Uma emoção muito grande, cada volta que a gente passa a torcida tá gritando. Eu tive que manter o controle com a galera gritando "vai, vai, vai" e saber que tem um momento certo pra ir. — contou Ana Marcela.
A prova
Na primeira bateria, de 500m, Ana Marcela rapidamente assumiu a liderança e abriu vantagem para ser a primeira a sair do mar e administrar a corrida de 50m até a linha de chegada. Leonie Beck, bicampeã mundial, seguiu na cola da brasileira, mas na corrida foi ultrapassada pela francesa Océane Cassignol.
— Na primeira volta eu quis sair um pouco mais tranquila e poder chegar entre as primeiras para poder passar para a próxima fase — disse a campeã sobre a primeira bateria.
As três últimas colocadas entre as dez participantes foram eliminadas: a argentina Candela Giordanino, Thais Santana e Vitoria Lovatel. Vitoria fechou a raia, mas foi uma das mais felizes. Aos 13 anos, ela passou pela classificatória para disputar a elite do Rainha do Mar e ter a chance de nadar ao lado de campeãs mundiais e olímpicas.
Na segunda bateria, de 1.000m, a estratégia de Ana Marcela e Leonie foi diferente. Elas deixaram as adversárias puxarem o pelotão e só na segunda volta atacaram para se garantirem na bateria final. As brasileiras Viviane Jungblut e Gabrielle Roncatto lideraram e só na corrida final ganharam a companhia da francesa Océane Cassignol. Cibelle Jungblut e a equatoriana Samantha Arévalo foram eliminadas.
— Na segunda eu já fui bem mais tranquila. Só fiquei olhando de novo para classificar e passar para o terceiro round. Tive um pouco mais de sangue frio para poder saber o momento certo de correr e ir para frente. — disse Ana Marcela.
Na bateria final, de 1.500m, Viviane Jungblut disparou na liderança, com Ana Marcela na cola. A campeã olímpica mais uma vez poupou energias na corrida de transição da primeira para a segunda volta e foi ultrapassada pela francesa Océane. Vivi manteve a primeira posição até a transição da segunda para a terceira e última volta, quando a francesa passou para a liderança.
Ana Marcela caiu para quarto lugar na corrida, mas na água rapidamente passou todas as rivais. A campeã olímpica abriu vantagem e deu uma arrancada na areia para não ser ameaçada: campeã do Rainha do Mar. Vivi também cresceu no fim e ficou em segundo lugar. Leonie e Océane passaram praticamente juntas na terceira posição.
— Eu até achei que as meninas estavam um pouco mais junto. Na última onda eu consegui abrir mais um pouquinho, mas mesmo assim foi um segundo só, e na corrida isso não é nada. — contou a Rainha.
Fonte;ge.globo
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